Legalização ganha terreno nos EUA
20-03-2010 22:57Um número cada vez maior de americanos acreditam que na legalização da cannabis. Já são 44% os que que acreditam que a marijuana devia ser legalizada, segundo o centro de sondagens Gallup. Em comparação com 1969, quando apenas 12% dos americanos queriam a legalização, a diferença é brutal. O número de pessoas a querer a marijuana ilegal passou de 4% para 2%. A maior parte do povo americano continua a não ter uma opinião, mas esses números passaram de 84% em 1969 para 54% em 2010.
São pessoas como James Gray, um antigo juiz e procurador que se via como um guerreiro na luta contra as drogas, segundo o jornal americano USA Today. Hoje, constata que “é mais fácil os adolescentes comprarem marijuana do que alcool”. Por isso, Gray, que já concorreu pelo partido Republicano ao Co ngresso, defende a legalização e a taxação da marijuana. Controlar o produto que chega aos consumidores e ganhar impostos com a venda legal são os seus maiores argumentos. Mas Gray é apenas um dos muyitos que acreditam na legaçização da cannabis. Desde a California, que pensa mesmo em legalizar brevemente, a New Jersey, que aprovou em Janeiro uma lei que permite o uso medicinal, muitos estados americanos estão a voltar costas à política repressiva do passado.
Os defensores da legalização acrditam que esta pode ser uma mudança radical, provocada por factores geracionais e por mudanças no clima cultural e político, um momento único para destruir mais de 50 anos de guerra à marijuana. Outra sondagem, da ABC News- Washington Post, em Janeiro, revelava que 81% dos americanos estariam a favor da legalização para fins medicianais. Em Novembro, a American Medical Association defendia no Congresso que a marijuana fosse reclassificada como uma droga com possíveis efeitos benéficos para a a saúde. No ano que passou, 14 estados americanos suavizaram as leis que proibiam o comsumo da canabis.
Apesar de todos os dados em contrário, no entanto, a administração Obama ainda reprova o uso medicinal, opondo o governo federal aos estaduais. O presidente defende-se dizendo que é preciso mais pesquisa sobre a medicação não-fumável baseada na marijuana, para gozar dos seus efeitos benéficos. “É uma má ideia aprovar medicação por voto popular”, advoga.
Mas as pessoas e os estados querem avançar já: no Alabama, em Delaware, New York, North Carolina e Pennsylvania debate-se o fim da proibição para usos medicinal em certas doenças; Hawaii e Rhode Island estão a analisar leis que reduzem as penas sobre o consumo, de prisão para multas. A California é o mais avanaçado. Milhares de pessoas têm receitas que lhes permitem fumar marijuana, para tratar doenças que vão do cancro à artitre. Agora, o estado norte-americano está estudar uma proposta de lei para legalizar a marijuana para usos recreacionais. É improvável que a lei passe este ano, diz o USA Today, mas Gray e outros defensores da Maria livre já estão a preparar uma petição para legalizar a marijuana para os maiores de 21 anos. A California, o estado com o maior défice da América do Norte, podia assim juntar mas de 1,3 mil milhões de dólares em impostos por ano.
Hierba de los Caminos
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