Dia 24 de Novembro a MGM Lisboa adere ao protesto
21-11-2011 15:22O nosso compromisso com a luta pela legalização da canábis e pelo reconhecimento dos direitos dos consumidores, levou a MGM Lisboa a decidir aderir à plataforma e subscrever o Manifesto - 15 de Outubro - Lisboa e em consequência mobilizar para o próximo protesto de dia 24 de Novembro.
Lutamos por liberdade e por democracia, ou seja, por uma democracia diferente da que temos. Uma democracia que seja participativa, inclusiva e com respeito pelas minorias. Uma democracia onde também os consumidores de canábis sejam ouvidos e participem através das suas organizações nas escolhas das politicas públicas que os afectam. Pela liberdade, pois o Estado não deve intervir na vida e nas escolhas privadas dos cidadãos que não prejudicam outros cidadãos.
Fazemos greve, porque o nosso país sofre um forte ataque à sua soberania, à sua economia e consequentemente à sua democracia. Mas independentemente de todos os argumentos de ordem humanista e democrática que os governantes actuais tendem a não dar ouvidos, a legalização da canábis gera receitas para o Estado, cria emprego e combate o tráfico. Paralelamente permite ao Estado poupar no gastos com forças policiais, gastos com o sistema judicial e gastos com o aparelho médico/técnico.
Contra a Crise, Legalize!
MANIFESTO:
Somos “gerações à rasca”, pessoas que trabalham, precárias, desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e reformadas, insatisfeitas com as nossas condições de vida. Hoje vimos para a rua, na Europa e no Mundo, de forma não violenta, expressar a nossa indignação e protesto face ao actual modelo de governação política, económica e social. Um modelo que não nos serve, que nos oprime e não nos representa.
A actual governação assenta numa falsa democracia em que as decisões estão restritas às salas fechadas dos parlamentos, gabinetes ministeriais e instâncias internacionais. Um sistema sem qualquer tipo de controlo cidadão, refém de um modelo económico-financeiro, sem preocupações sociais ou ambientais e que fomenta as desigualdades, a pobreza e a perda de direitos à escala global. Democracia não é isto!
Queremos uma Democracia participativa, onde as pessoas possam intervir activa e efectivamente nas decisões. Uma Democracia em que o exercício dos cargos públicos seja baseado na integridade e defesa do interesse e bem-estar comuns.
Queremos uma Democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por regimes de excepção. Queremos um sistema fiscal progressivo e transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança social não seja descapitalizada; onde todas as pessoas contribuam de forma justa e imparcial e os direitos e deveres dos cidadãos estejam assegurados.
Queremos uma Democracia onde quem comete abuso de poder e crimes económicos e financeiros seja efectivamente responsabilizado por um sistema judicial independente, menos burocrático e sem dualidade de critérios. Uma Democracia onde políticas estruturantes não sejam adoptadas sem esclarecimento e participação activa das pessoas. Não tomamos a crise como inevitável. Exigimos saber de que forma chegámos a esta recessão, a quem devemos o quê e sob que condições.
As pessoas não são descartáveis, nem podem estar dependentes da especulação de mercados bolsistas e de interesses financeiros que as reduzem à condição de mercadorias. O princípio constitucional conquistado a 25 de Abril de 1974 e consagrado em todo o mundo democrático de que a economia se deve subordinar aos interesses gerais da sociedade é totalmente pervertido pela imposição de medidas, como as do programa da troika, que conduzem à perda de direitos laborais, ao desmantelamento da saúde, do ensino público e da cultura com argumentos economicistas.
Os recursos naturais como a água, bem como os sectores estratégicos, são bens públicos não privatizáveis. Uma Democracia abandona o seu futuro quando o trabalho, educação, saúde, habitação, cultura e bem-estar são tidos apenas como regalias de alguns ou privatizados sem que daí advenha qualquer benefício para as pessoas.
A qualidade de uma Democracia mede-se pela forma como trata as pessoas que a integram.
Isto não tem que ser assim! Em Portugal e no Mundo, dia 15 de Outubro dizemos basta!
A Democracia sai à rua. E nós saímos com ela.
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